65 3054 5323 Av. Ten. Coronel Duarte, 1585
Dom Aquino - Cuiabá / MT

Gado Facil

Notícias
Artigo: redução do rebanho bovino de Mato Grosso

Repercutiu fortemente na mídia a informação divulgada pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) a respeito da redução do rebanho bovino do Estado na ordem de aproximadamente 523 mil cabeças.

É plenamente compreensível esta repercussão. Afinal é grande a preocupação de toda a sociedade com possível elevação de preços desta importante fonte de proteínas. Podemos antecipar que isto não deverá acontecer, pelo menos em curto e médio prazo. No longo prazo dependerá da redução de abate de fêmeas no país.

Devemos atentar que este fenômeno de redução de bovinos de corte em Mato Grosso aconteceu também em anos recentes, como em 2006, que reduziu 672 mil cabeças de gado em relação a 2005. E ainda continuou o processo de redução na ordem de 433 mil cabeças em 2007 em relação a 2006, portanto 1,104 milhão de cabeças em dois anos.

Os fatores responsáveis pela redução do rebanho de bovinos em Mato Grosso são bastantes conhecidos. Destacam-se a falta de investimentos em reforma ou recuperação de pastagens e, mais recentemente, a transferência de áreas de pastagens para a agricultura, além do já citado abate de fêmeas.

Para que se resolvam os problemas inerentes à questão das pastagens é necessário que se aumente a rentabilidade do setor que permitirá ao pecuarista reinvestir na atividade. Da mesma forma é necessário que se defina regras ambientais, agora sob a responsabilidade do Supremo Tribunal Federal.

O Código Florestal, com três Ações Diretas de Inconstitucionalidades no STF, devolvia aos produtores rurais a possibilidade de acessarem linhas de créditos como o Programa ABC do governo federal que permite a recuperação de pastagens e, por conseguinte, parte da renda do produtor.

Já o abate de fêmeas se dá de forma cíclica e haveremos de conviver com este fenômeno, já que, uma matriz alcança o seu auge reprodutivo e passa a declinar em produtividade, deixando de ser interessante a sua manutenção no plantel. Acontece também abates de fêmeas em função da necessidade de caixa do pecuarista, comprometendo fortemente a oferta de bezerros.

E a continuar esta redução vamos ver confirmada a previsão da Acrimat, divulgada recentemente pelo seu Superintendente Luciano Vacari, de que o Estado de Mato Grosso poderá experimentar nos próximos anos um apagão de bezerros, certamente que se assim for, veremos reduzida a oferta de carne bovina pelo Estado de Mato Grosso.

Como resolver esta equação? Nada fácil! Porém, já estamos vendo uma movimentação no sentido de uma convergência entre frigoríficos e pecuaristas. Hoje já é possível sentar à mesa, representantes de frigoríficos e lideranças dos pecuaristas para se discutir as nuances da cadeia de carne bovina. É o primeiro passo!

Já quanto às ações diretas de inconstitucionalides que emperraram a eficácia do novo Código Florestal, muito pouco se pode fazer, a não ser torcer para que o Supremo Tribunal Federal decida logo para que tenhamos finalmente a necessária segurança jurídica esperada há décadas no campo. Porém, também se espera que o STF leve em conta tudo o que se estudou e discutiu no decorrer de 10 anos de tramitação do Código no Senado e na Câmara dos Deputados.

Por outro lado, certamente as lideranças políticas do Senado da República e da Câmara dos Deputados haverão de se manifestar diante do Supremo Tribunal Federal, afinal, onde inicia e termina o direito destas duas casas de leis legislarem?

Importante destacar que mesmo diante de tantos problemas o setor produtivo da pecuária de corte em Mato Grosso surpreende positivamente, aumentando a oferta de bovinos com maior peso para o abate, além do aumento da taxa de cabeças por hectare em suas pastagens. Fruto de muito trabalho e uso de tecnologias.

Fonte: *Amado de Oliveira Filho, consultor técnico da Acrimat, é economista, especialista em mercados de commodities agropecuárias e direito ambiental e desenvolvimento sustentável.

Notícias
Casamento das raças angus e nelore é o futuro da pecuária brasileira Afirmação é do gerente nacional do programa Carne Angus Certifica da Associação Brasileira da Raça, Fábio Medeiros
Boi gordo: cenário de firmeza com valorizações Pressão altista no mercado do boi gordo em todo o país
Custo de produção da pecuária de corte sobe no 1º semestre de 2014 Os custos de produção da pecuária de corte subiram “fortemente no primeiro semestre
Mercado do boi gordo com pouca oferta A oferta está curta. É comum a compra de boiadas por preços acima da referência
Confinamento de bovinos em Mato Grosso deve ser 3,87% maior em relação a 2013 Previsão de clima seco no Estado estimula concentração de boiada nos cochos
Apesar da cautela, liberação russa a frigoríficos anima, diz Geller Retaliação aos Estados Unidos e União Europeia beneficiou Brasil. Setor produtivo foi convocado para reunião na segunda (11) em Brasília
Mercado do boi gordo firme O cenário para o mercado do boi gordo é de firmeza.
Boi gordo: pressão baixista das últimas semanas dá sinais de ter perdido força A arroba do boi gordo segue cotada em R$119,00, à vista, em
Dos 54 casos de estomatite vesicular no país 36 estão em MT Agro Olhar Quem somos Expediente Anuncie Fale Conosco Terça-feira, 29 de julho de 2014 editorias artigos galeria de fotos vídeos olhar direto Notícias / Pecuária Enviar para amigo Imprimir A A A 28/07/2014 - 10:51 Dos 54 casos de estomatite vesicular no país 36 estão em MT Da Redação - Viviane Petroli Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar Dos 54 casos de estomatite vesicular no país 36 estão em MT Dos 54 casos de estomatite vesicular (EV) confirmados em 2014 no Brasil 36 estão em Mato Grosso
Mercado do boi gordo em ritmo lento em Campo Grande O preço de referência para a arroba do boi gordo ficou em R$119,00, a prazo, em
agência dream