65 3054 5323 Av. Ten. Coronel Duarte, 1585
Dom Aquino - Cuiabá / MT

Gado Facil

Notícias
Leite: Preço atinge maior patamar real de toda a série do Cepea, de 13 anos








Contrariando as expectativas do mês passado, os preços do leite pagos ao produtor continuaram subindo em setembro e alcançaram o maior patamar real da série do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, que foi iniciada em 2000 – os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto/13. Essa foi a oitava alta consecutiva. O preço bruto, que inclui frete e impostos, aumentou 2,8% (ou 3 centavos/litro) em relação ao mês passado e chegou a R$ 1,1162/litro. Este valor, se comparado com o de setembro de 2012, representa expressivo acréscimo de 21,7% na receita do produtor. O preço líquido chegou a R$ 1,0378/litro, elevação de 2,3% (ou de 2,3 centavos/litro) em relação a agosto/13. Estas médias, calculadas pelo Cepea, são ponderadas pelo volume captado em agosto nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA.

A valorização do leite aconteceu mesmo com o aumento da captação pelas indústrias em agosto. Segundo o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea), o volume comprado pelos laticínios cresceu 2,04% em agosto, sendo impulsionado especialmente pela produção do Sul do Brasil. Nessa região, produtores forneceram 4,53% a mais de leite no comparativo com julho. Este avanço na produção continua atrelado ao maior poder de compra do pecuarista em relação à alimentação concentrada e também à qualidade da silagem fornecida no cocho, que juntas aumentam o desempenho das vacas em lactação. Já nos estados do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a captação de leite se manteve praticamente estável em agosto, movimento condizente com este período de entressafra de pastagens.

Apesar do aumento da oferta nacional de leite, o volume importado em equivalente leite reduziu em 8% no acumulado de janeiro a agosto de 2013 frente ao mesmo período de 2012, passando de 758,5 para 697,4 milhões de litros – dados da Secex. A menor disponibilidade do produto importado e o elevado patamar dos preços dos derivados proporcionaram à indústria maior rentabilidade e, consequentemente, maior remuneração ao produtor em setembro.

Já no mercado de derivados, a expectativa de representantes da indústria se confirmou. Os preços do leite UHT e do queijo muçarela no atacado de São Paulo se estabilizaram e, segundo os agentes consultados pelo Cepea, a demanda começou a esfriar e a oferta de leite, aumentar, cenário que pode pressionar os valores destes derivados nos próximos meses. No estado de São Paulo, até o dia 27 de setembro, o leite UHT e o queijo muçarela registravam médias de R$ 2,34/litro e de R$ 13,17/kg (leves reduções de 0,14% e de 0,04% em relação a agosto), respectivamente – esta pesquisa do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).

Para outubro, a expectativa de representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea é novamente de estabilidade nos preços. Entre os compradores entrevistados, 71,3%, que representam 75,6% do leite amostrado, acreditam que os preços continuarão no mesmo patamar de setembro e 21,3% (que representam 21,6% do volume captado) indicam que haverá nova alta.

Somente 7,4% dos agentes (representam 2,8% do volume) esperam redução de preços em outubro.

AO PRODUTOR – Em setembro, o preço bruto do leite pago ao produtor voltou a subir em todos os estados da pesquisa do Cepea. Entre os que compõem a “média Brasil”, Goiás continuou tendo o maior preço, com o litro cotado a R$ 1,1685, alta de 1,6% (ou 1,8 centavo por litro) frente à média de agosto. Minas Gerais registrou novamente o segundo maior preço, com média de R$ 1,1550/litro, acréscimo de 3,4% (ou 3,8 centavos/litro) em relação ao mês anterior. Em São Paulo, houve reajuste de 1,4% (ou de 1,6 centavo/litro), com o litro chegando a R$ 1,1121.

No Paraná, o preço de setembro aumentou 3,2% (ou 3,4 centavos/litro), chegando a R$ 1,0926/litro. Em Santa Catarina, a média foi de R$ 1,0903/litro, aumento de 2,1% em relação ao mês anterior (2,2 centavos/litro). Por fim, os preços do Rio Grande do Sul e Bahia também registraram altas, de 4,6% (4,6 centavos/litro) e de 2% (2 centavos/litro), respectivamente, com as médias a R$ 1,0545/litro e a R$ 1,0402.

Quanto aos estados que não compõem a “média Brasil” do Cepea, os preços apresentaram o mesmo comportamento. O maior patamar foi verificado no Rio de Janeiro, onde o litro alcançou R$ 1,1679, aumento de 3% (3,4centavos/litro). Na sequência, esteve o Espírito Santo, com média estadual de R$ 1,1155/litro e alta de 3,2% (3,5 centavos/litro). No Ceará, os valores também aumentaram, com variação de 3% (3 centavos/litro) e média de R$ 1,0411/litro. Em Mato Grosso do Sul, o valor pago ao produtor aumentou 4,9% (ou 4,7 centavos/litro), com o litro a R$ 1,0160.


Fonte: Fonte: Cepea

Notícias
Alta de preços da arroba do boi gordo em cinco praças A disponibilidade de animais prontos para o abate está reduzida, o que mantém firme o mercado
Reposição está muito cara para os pecuaristas O preço dos animais de reposição ainda é alto para o pecuarista. O cenário diminui as expectativas de confinamento
Boi gordo: oferta ajustada à demanda As negociações no mercado do boi gordo ocorrem aos poucos
Apesar da pressão de baixa, mercado segue firme A especulação aumentou no mercado do boi gordo em São Paulo
Frigoríficos aguardam melhor posicionamento do mercado para entrarem nas compras O mercado do boi gordo iniciou a semana com baixo volume de negócios
Pastos piores e baixa demanda balizam preços O mercado de reposição está menos movimentado em relação às semanas anteriores
A pressão é de alta no mercado do boi gordo Apesar de um dia típico de abertura de mercado, sem muitos negócios e com indústrias fora das compras, o viés de alta seguiu se fortalecendo
Boi gordo: oferta reduzida não é suficiente para conferir firmeza aos preços As indústrias sentem dificuldade em adquirir grandes lotes de animais, fato que tem dado sustentação ao mercado em algumas regiões
Mercado do boi gordo firme A pressão de baixa que existia no mercado até a semana anterior deu lugar a preços firmes
Oferta menor no mercado do boi gordo, mas consumo continua lento Após uma segunda-feira típica, com poucos negócios, a terça-feira começou com o mercado mais firme
agência dream