Custos para confinar em Mato Grosso são menores que a receita e atividade é considerada rentável. Levantamento feito pelo Imea mostra um custo diário de R$ 13,78 por animal e a arroba comercializada a R$ 95, gera um lucro ao pecuarista de aproximadamente R$ 332 por cabeça, caso as tendências de comercialização se confirmem. A partir deste estudo e com o comportamento do mercado, também é perceptível que o preços da carne poderão voltar a subir para o consumidor.
Atualmente a arroba no Estado varia entre R$ 85 e R$ 90, porém, com a chegada da entressafra o número de animais prontos para o abate no pasto reduz e mesmo com o crescimento do confinamento, a tendência é que os preço os se mantenham ou subam. No mercado futuro o preço da arroba está em torno de R$ 95.
Para o gestor do Imea, Daniel Latorraca, esta situação pode se confirmar porque o número de abate de fêmeas tende a cair e a quantidade de bois gordos ainda é insuficiente para atender a demanda. Mesmo assim, para confinar, o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, afirma que é preciso fazer os cálculos para saber se o investimento terá retorno. "Não é mais possível produzir sem que seja feito uma análise de mercado. O confinamento é um negócio e precisa ser avaliado para não perder dinheiro".
Estudo do Imea aponta que 66% dos gastos dos produtores são com aquisição de animais, 23% com alimentação e 10% com demais custos. Isso representa que cada animal custa R$ 3,12 por dia para se alimentar e R$ 9,20 seriam o custo diário da compra do boi magro. Com base nisso é possível programar os lucros possíveis.
Pecuarista Adelar Jacotows, de Campo Novo do Parecis (a 396 km da Capital) confessa que em seu negócio os custos e a receita não são colocados na ponta do lápis, e as contas são feitas por baixo, sem maiores detalhes. Segundo ele, este ano serão confinado 1,5 mil cabeças e que a atividade compensa porque na região em que mora, por ser tradicionalmente produtora de grãos, os custos com a alimentação são menores. (LCM)