Mato Grosso é o primeiro Estado do país a ter um selo que atesta a qualidade da carne produzida aqui. O selo “Carne de Mato Grosso” é o primeiro produto do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), lançado nesta quarta (2), durante o V Circuito InterCorte, em Cuiabá.
O Instituto passa a ser o sexto deste segmento no mundo, acompanhando países como Estados Unidos, Uruguai, Argentina, Austrália e Nova Zelândia e tem como objetivo promover e melhorar a carne produzida no Estado, além de ser o elo entre pecuaristas, frigoríficos e governo.
“Já somos o Estado que mais produz carne e queremos ser o Estado que produz a melhor carne”, explica o governador Pedro Taques. “Começamos com a carne bovina, mas devemos estender para suínos, aves e peixes”, completa.
Durante a cerimônia, Taques afirmou que a ideia veio após conhecer o instituo existente no Uruguai, durante uma viagem em outubro de 2015. “Esse trabalho foi construído em quatro meses. Com uma carne certificada e com rastreabilidade conseguiremos galgar novos mercados”, comemora.
Para presidente do Instituto, foi nomeado o ex-secretário-adjunto de Desenvolvimento Regional, Luciano Vacari, que frisou ser um momento histórico não só para pecuária mato-grossense, mas brasileira.
“Saímos na frente e o que estamos fazendo é modelo para o Brasil e para o mundo. Somos produtores de carne e não de boi e é fundamental termos a qualidade exigida por outros países”, conta.
Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, lembra que o Imac é um conceito novo no Brasil, mas que fará o diferencial trabalhando a padronização do produto, a qualidade e principalmente o marketing da carne produzida aqui. “Vamos alavancar as vendas com novos mercados”.
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José João Bernardes, considera que esta iniciativa transformará a pecuária. “Vamos vender a melhor carne do mundo em sintonia com o meio ambiente, rastreada e certificada”.
O pecuarista Maurício Tonhá participou da cerimônia e também comemorou a criação do Imac. “É um desafio muito grande, mas só de termos a cadeia produtiva, a industrial e o governo conversando com um objetivo comum, galgando novos mercados como a China, o Japão e os EUA, que pagam um pouco melhor pelo produtor, já é uma grande conquista. Acredito que teremos novos horizontes e inclusive novos preços nos próximos anos”.
Fonte: RdNews Foto: Gilberto Leite