65 3054 5323 Av. Ten. Coronel Duarte, 1585
Dom Aquino - Cuiabá / MT

Gado Facil

Notícias
Carta Boi - Promessas de final de ano

O ano está acabando, a cotação da reposição deu trégua, a do milho também e por outro lado as cotações do boi gordo não subiram, como a sazonalidade e a torcida do pecuarista apontavam. As incertezas são várias.

O produtor não tem controle sobre as taxas de juros nos Estados Unidos, seus efeitos sobre o câmbio, inflação brasileira e a Selic, por exemplo, pontos que influenciarão a recuperação econômica e a demanda no próximo ano.

Também não tem influência sobre a aprovação de leis na calada da noite, que afugentarão investimentos e postergarão a calmaria econômica, que parecia “menos longe” há alguns meses.

Com isto, vamos focar no que o pecuarista pode controlar, com promessas para o ano novo.

Promessa 1 - Não perder oportunidades

Agora é hora de pensar no próximo ano e nos erros deste. Neste ponto, muita gente já pensou naqueles R$17,00/@ que deixaram de ser embolsados pelo simples fato de não ter usado um contrato a termo, ou mesmo contratos futuros ou de opções.

Isto porque os contratos futuros para novembro chegaram a apontar R$167,00, enquanto quem esperou o mercado para saber o preço de venda recebeu em torno de R$150,00/@, à vista, considerando São Paulo como referência.

Em um bovino de 20@ seriam R$340,00 a mais por cabeça. Já em um lote de mil animais, teríamos R$340 mil adicionais, duas ou três belas camionetes, a depender da escolha.

Focando na atividade, considerando bois magros de R$1,93 mil, só a diferença cobriria 17,6% do custo com reposição. O presente de Natal chegou no primeiro semestre, mas poucos ficaram com ele.

Foi o segundo ano no qual quem travou as cotações teve resultados melhores do que quem ficou na torcida. Então, para o próximo ciclo este movimento é certo? De forma alguma.

No entanto, se os custos estão cobertos pelo preço que pode ser travado e este gera um retorno condizente com a expectativa do produtor, pelo menos uma parcela da boiada deve ser travada. A grande questão é que a expectativa do pecuarista quanto a preços geralmente é “vai subir mais”, ou “alta”.

Na pecuária o otimismo deve estar presente, mas este não entra na contabilidade. Se quiser adicionar linhas ao seu balanço, adicione a depreciação.

Promessa 2 – Aumentar desembolso não é perder lucro

Investir mais em pastagens ou em benfeitorias gera desembolso, que, por ser usado em mais de um ciclo de produção, deve ser considerado um investimento e adicionado ao custo via depreciação.

Com isto, o investimento será depreciado no período útil desta pastagem ou benfeitoria. Por exemplo, considere uma formação de pastagem, com um custo de R$1,5 mil por hectare. Se ela durar dez anos, cada hectare terá R$150,00 de depreciação anual.

Com a mesma pastagem, se forem feitas manutenções que aumentem a vida útil para vinte anos, a depreciação anual cai para R$75,00 por hectare. A manutenção representará desembolso, enquanto a depreciação é uma “dívida” acumulada, que será cobrada no momento da reforma deste pasto.

Da mesma forma, se incrementarmos a nutrição do rebanho, passando de uma cabeça por hectare para três, teremos uma queda na depreciação por cabeça, de R$12,50/mês (R$150,00 por hectare, divididos em doze meses), para R$4,17 por cabeça ao mês. São cem reais a menos por cabeça ao ano, o que ajuda a pagar a conta da nutrição mais elaborada.

Um incremento no uso de nutrição, dentre outras tecnologias, gera maior produção por hectare, diminuindo os custos fixos e variáveis indiretos por arroba produzida. Além disso, com mais arrobas, a receita aumenta. Mais desembolso, mais receita, mais lucro.Sempre com avaliação do retorno esperado.

Promessa 3 – Saber quanto custa a produção

Considerar um preço interessante ou não, em uma visão histórica, é razoável.

Mas preço em alta não é sinônimo de lucro e preço em baixa não significa prejuízo. A eficiência do sistema modula esta equação. Sistemas eficientes “suportam” melhor cenários adversos.

Ver uma notícia com um custo de produção abaixo do preço de venda não vai colocar dinheiro na sua conta.

Índices de custos genéricos dão uma ideia da situação, frente aos preços, mas a amplitude de resultados possíveis, segundo o sistema, é completamente capaz de quebrar uma fazenda ou dar um belo retorno.

Calcule os seus custos.

Em um parágrafo. Com as depreciações de benfeitorias, pastagem e veículos, componha os custos fixos, que não são desembolsos, mas estão lá. A eles, some os variáveis indiretos, como administrativos, e os variáveis diretos, como nutrição, reposição e sanidade. Depois pegue este custo “todo” e divida pelas arrobas produzidas no mesmo intervalo. Pronto.

A conta é fácil, difícil é a disciplina da coleta dos dados. Mas com a infinidade de problemas que são resolvidos pelo produtor no dia a dia, não é grande coisa também.

A diferença entre o custo e o preço de venda é o seu lucro, por arroba, ou no total (receita total menos custo total). Simples assim.

Considerações finais

Focar em uma produção bem feita, com custos calculados e, a partir destes, avaliar as oportunidades no mercado futuro, são ações que estão nas mãos do produtor.

Para os próximos anos a expectativa é de uma oferta crescente de boiadas e mercado mais fraco. Preços em baixa geram resultados piores, é fato.

A questão é que em fazendas eficientes, os resultados piores podem simplesmente ser lucros mais modestos, enquanto para sistemas ineficientes significam uma linha vermelha no final do balanço, que nem é feito.

Prejuízo não calculado, por falta de gestão, inviabiliza um sistema exatamente na mesma velocidade que em um DRE (Demonstrativo do Resultado do Exercício) completo.

Notícias
Acrimat mostra potencial para exportação de carne bovina O diretor técnico da Associação dos Criadores de Gado de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, apresentou os potenciais da pecuária brasileira em visita ao porto de Itaqui, localizado São Luís (MA), com foco nas exportações de grãos e pulses. Na oportunidade, além de representantes do setor produtivo, empresários do setor de transporte marítimo e
Campanha mostra que indústria utiliza derivados do boi como matéria prima Uma campanha publicitária tem aguçado a curiosidade de internautas que visitam as páginas da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) nas redes sociais. Intitulada ‘Do boi, só não se aproveita o berro”, as peças mostram a quantidade de mercadorias produzidas a partir de derivados bovinos. Um dos posts destaca que com a gordura, uma das pa
Acrimat participa de vacinação de reforço contra a brucelose A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) participa nesta quarta-feira (04.09) de evento de reforço da vacinação contra a brucelose com a vacina RB 51, usada como complemento no combate, controle e prevenção à doença. A ação ocorrerá na sede da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, a partir das 13h30. A vacina é utilizada em casos espe
Pecuaristas não apoiam Proposta de Lei do Pantanal O Pantanal, maior planície alagada do mundo e bioma mais preservado do Brasil, conta com 270 anos de colonização, e a preocupação de quem dele depende, como o homem do campo, é tamanha, que 83% da vegetação do bioma permanecem protegidos. E são dados como este que comprovam que o Projeto de Lei 9950/18, conhecido como Lei de Pantanal, precisa de ap
V Simpósio Mato-Grossense de Bovinocultura discutirá sustentabilidade na produção A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) patrocina a 5ª edição da maior reunião científica de bovinocultura do estado, o Simpósio Mato-grossense de Bovinocultura de Corte (Simbov). O evento começa nesta quinta (22) e vai até sábado (24), e é realizado pelo Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no teatro da instituição. As inscrições
Acrimat leva discussão sobre sanidade da carne ao Mapa O diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco de Sales Manzi , se reúne nesta segunda-feira (19.08) com o Dr José Guilherme Tollstadius Leal, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa), para discutir o alinhamento com os frigoríficos em receber animais reagentes para brucelose e o pagam
V Simpósio Mato-Grossense de Bovinocultura discutirá sustentabilidade na produção A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) patrocina a 5ª edição da maior reunião científica de bovinocultura do estado, o Simpósio Mato-grossense de Bovinocultura de Corte (Simbov). O evento começa nesta quinta (22) e vai até sábado (24), e é realizado pelo Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no teatro da instituição. As inscrições
Acrimat atua como parceira no combate à raiva bovina na região de Barra do Garças A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) atua como parceria do Sindicato Rural de Barra do Garças na campanha de combate à raiva animal, lançada nesta quarta-feira (14). A ação ocorre após a ocorrência de focos da doença terem sido detectadas nas proximidades do município, e tem por objetivo conscientizar os produtores locais a fazerem a
Friboi inaugura confinamento em Mato Grosso A Friboi acaba de inaugurar uma nova unidade de confinamento em Nova Canaã do Norte, em Mato Grosso, com estrutura para 10 mil bois, em dois giros. A operação de boitel da empresa acontece desde 2010, com mais de 2 milhões de animais enviados para as unidades de processamento da Friboi. O boitel é uma unidade de confinamento que conta com instal
Comitê vai discutir estratégias para o setor Estreitar o relacionamento na cadeia produtiva e discutir estratégias para o desenvolvimento da Pecuária Brasileira. Esses são os objetivos do comitê Executivo Pecuário, lançado essa semana pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária- a CNA. O comitê será formado por membros da própria confederação, além de federações estaduais de agric
agência dream