A atividade de pecuária intensiva, o confinamento de gado, deve atingir 3,2 milhões de cabeças neste ano, o que significa um crescimento de 5% ante o registrado em 2016, afirmou, nesta quinta-feira, 16, o gerente executivo da Associação Nacional de Pecuária Intensiva (Assocon), Bruno Andrade a jornalistas, nos bastidores do Intercorte – evento do setor realizado no período da manhã em São Paulo. O levantamento da entidade é baseado em 1.400 confinamentos do País.
Segundo Andrade, a turbulência na pecuária nacional registrada no primeiro semestre deste ano – Operação Carne Fraca, delações da JBS, entre outros acontecimentos – fez com que cerca de 200 mil animais deixassem de serem terminados no cocho neste ano.
A expectativa inicial da associação era de um crescimento de 10%, ante 2016, com o impulso do baixo preço do milho, que é o principal insumo na atividade. Já para 2018, a associação ainda não tem um número projetado. Andrade afirma, no entanto, que a perspectiva de alta da cotação do grão, pode elevar os custos da atividade, embora, o valor dos animais de reposição deva se manter baixo, “ainda interessante”.
Outro fator que também pode estimular a atividade no próximo ano é o aumento do consumo doméstico de carne bovina que deve ser mais elevado do que no ano anterior, por causa da melhora do cenário macroeconômico do País. Andrade diz, ainda, que as exportações de carne bovina devem continuar em alta.