65 3054 5323 Av. Ten. Coronel Duarte, 1585
Dom Aquino - Cuiabá / MT

Gado Facil

Notícias
Pecuarista deve fugir do risco em 2018

Um olho no cenário político e outro no da pecuária, com muitas especulações – e até muita torcida –, mas com poucas certezas sobre o que vai acontecer em 2018. Esse foi o clima dos debates que transcorreram na manhã da última sexta-feira, 17, durante o Encontro de Analistas, promovido pela Scot Consultoria, de Bebedouro, SP, no auditório da Dow AgroSciences na capital paulista.

Até em virada antecipada do ciclo pecuário se falou, algo que não se imaginava um ano atrás, quando nesse mesmo encontro se sinalizou um 2017 muito difícil para o pecuarista. E foi mesmo, na opinião de muitos, entre eles Leandro Bovo, sócio-diretor da Radar Investimentos, de São Paulo. “Um ano para ser esquecido”, declarou ele ao Portal DBO.

Inclusive em função disso – ter sido um ano muito ruim, por causa de todos os percalços (Operação Carne Fraca, envolvimento dos proprietários da JBS em delação premiada como os puxadores da fila) – é que ele acha que 2018 será melhor do que 2017. “Além de outros fatores, como queda da inflação e recuperação de alguns indicadores econômicos importantes, teremos um ano de eleição que, de alguma forma, sempre aquece a economia e o consumo”, disse ele, balizando sua opinião em levantamento, feito por sua empresa, que aponta elevação no valor da arroba do boi gordo numa média de 25% entre os meses de maio e outubro, nos quatro últimos anos eleitorais – 2014, 2010, 2006 e 2002.

Além desses dois fatores, ele destacou o aumento da capacidade instalada da indústria frigorífica, argumento que ganhou reforço dos dados apresentados por Daniel Latorraca, superintendente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo ele, a capacidade de abate dos frigoríficos do Estado melhorou já em 2017, saindo de 36% em abril para 57% em agosto, para se estabilizar em 53% neste fim de ano. “Só temos quatro plantas paradas no Estado (todas da JBS), o que significa que 90% das plantas estão em operação”, informou Latorraca. Ele ressalvou, porém, que uma alta no preço da arroba em 2018 vai depender do aumento do consumo, uma vez que a oferta de gado para abate também aumentou.

A uma pergunta da plateia sobre o que o pecuarista não deve fazer em 2018, Hyberville Neto, analista de mercado da Scot, resumiu: “Não se expor ao risco”. Ou seja, não apostar em altas para ganhar; vender quando o gado estiver pronto, girar o estoque de animais da fazenda, garantir-se com trava de preços na Bolsa ou em contratos a termo. Recomendação de cautela que seu colega de trabalho Alex Lopes, também integrante da mesa de debates, não só concordou, como reforçou em tom de alerta: “O pecuarista tem de fugir do risco. Não deve apostar num mercado tão positivo”, fazendo contraponto à ideia de que um ano de eleições e de Copa do Mundo de futebol poderá trazer um “céu de brigadeiro” para a pecuária.

Link da notícia: http://www.portaldbo.com.br/Revista-DBO/Noticias/Pecuarista-deve-fugir-do-risco-em-2018/23031

Notícias
EUA têm desafios na pecuária e Brasil está favorecido, diz agência Moody's Segundo a agência, predominância da criação dos animais a pasto dá suporte à estabilidade da produção brasileira
Abates de bovinos crescem 2,4% em Mato Grosso, aponta Imea Os abates de bovinos atingiram 549,5 mil cabeças em agosto no Estado, representando crescimento de 2,4% ante julho
Imea aponta redução no confinamento de gado em Mato Grosso O número esperado para a temporada de confinamentos este ano é 12,6% menor na comparação com o rebanho efetivamente confinado em 2012
Valorização no mercado do boi gordo A semana começou com os frigoríficos encontrando dificuldade para comprar animais
Custo de produção da pecuária sobe 4,52% Valores foram pressionados pela alta dos preços dos animais de reposição, da suplementação mineral e da mão de obra
Boi gordo: mercado pressionado, mas com poucos negócios O mercado do boi gordo andou de lado nesta segunda-feira (5/8). A oferta de animais terminados está enxuta
Feicorte: FAO mantém Brasil como um dos maiores exportadores de carne bovina A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) aponta que em 2012 o Brasil foi o segundo maior exportador mundial de carne bovina
Boi gordo: mercado pressionado, mas preços firmes Os frigoríficos que trabalham com bois a termo estão com as escalas de abates mais confortáveis, próximas de uma semana, em média
Mercado mais ofertado faz aumentar a pressão de baixa sobre os preços do boi Com a disponibilidade de boiadas consideravelmente melhor, a pressão de baixa tem se intensificado
Aumenta risco de morte de bovinos devido ao frio Umidade e baixa temperatura favorecem casos especialmente na região de Ponta Porã, MS
agência dream