65 3054 5323 Av. Ten. Coronel Duarte, 1585
Dom Aquino - Cuiabá / MT

Gado Facil

Notícias
Carta Boi: A influência das eleições no mercado do boi gordo

Política e economia andam lado a lado. Quando as coisas não estão bem no campo político, a economia se retrai e o contrário também é verdadeiro.

Em 2018 teremos eleições presidenciais e o resultado das urnas decidirá o rumo da economia.

Em anos de eleições há uma injeção de capital na economia, o que de certa forma estimula o consumo da população.

Mas para entender o verdadeiro impacto das eleições no mercado do boi gordo, é preciso compreender a volatilidade de preços da arroba no decorrer destes períodos.

O comportamento de preços da arroba durante o ano

Historicamente, em média, a cotação da arroba do boi gordo é maior no segundo semestre em relação ao primeiro. Os menores preços, sazonalmente ocorrem em maio e as máximas ocorrem em novembro.

Alguns fatores levam a esse cenário e o primeiro deles, é o consumo de carne vermelha pela população.

Sabemos que no início de ano a população carrega as dívidas acumuladas no fim do ano anterior e, menos capitalizado, o consumidor diminui o consumo de carne vermelha.

Outro ponto que também deve ser considerado é que durante a quaresma¹ uma parte da população deixa de consumir carne vermelha, e isso impacta na demanda. O Brasil é o país com maior concentração de católicos do mundo².

Além da retração da demanda, outro fator que influencia a cotação é o acumulo de oferta no primeiro semestre.

Após o final do período das águas, geralmente entre abril e maio, elevado volume de boiadas é destinada ao abate. É a desova de fim de safra.

Junto a essa desova, em anos em que o mercado de reposição não está atraente, maior quantidade de fêmeas vai para o abate, principalmente nos primeiros meses do ano, pois nesse período há também o descarte das matrizes que não emprenharam na estação de monta.

Com isso, a oferta para os frigoríficos é maior, o que naturalmente pressiona para baixo a cotação da arroba.

No segundo semestre, o menor volume de boiadas para abate durante o período seco, somado à recuperação no consumo da população, principalmente no último trimestre, tendem a dar fôlego para a cotação da arroba.

É claro que este cenário ao longo do ano não é uma regra, de modo que em alguns anos observamos preços maiores no primeiro semestre frente ao segundo. A relação demanda e oferta pode ser atípica, o que quebra esta lógica.

Mas será que as eleições influenciam este conjunto de fatos?

Acompanhe a análise.

Eleições x preços da arroba

O ano eleitoral é sempre um divisor de águas, a partir dele é possível projetar qual será o futuro econômico provável das cidades, estados e do país em quatro anos.

Também sabemos que nestes anos, há maiores investimentos na economia, o que deixa a população mais capitalizada para consumir e consequentemente aquecer o mercado interno.

Esse efeito é sentido diretamente no mercado do boi gordo.

Na média, em anos de eleições, municipais e presidenciais desde 1996, a cotação da arroba do boi gordo, no segundo semestre subiu 8,5%. Este número está acima da média de todos os anos desde o início do plano real, cuja média é de 7,5%.

Apesar dos anos eleitorais representarem, em média, melhor desempenho que os anos sem eleições, retrações também aconteceram, casos de 2012 e 2016. Isso porque a queda natural do consumo, devido às crises econômicas não alavancou os preços da arroba.

Após dois anos de recessão devemos fechar este ano com o PIB positivo e as projeções para 2018 apontam para um PIB com crescimento de 2,5%³.

Além disso a inflação, que chegou a 11% em 2015, deve ficar abaixo da meta de 4,5% do Banco Central³.

Outro fator que mantém as expectativas boas para 2018 são as projeções de taxa Selic ancoradas em 7%³.

A somatória destes fatores indica uma recuperação econômica no país.

A taxa de desemprego está caindo e deve continuar caindo no ano que vem. Consequentemente o consumo das famílias deverá se recuperar.

Com esse cenário a favor, sabendo que a carne vermelha possui elevada elasticidade renda, o consumo tende a melhorar em 2018, o que poderá proporcionar preços firmes para a arroba do boi gordo.

Entretanto, a escolha do próximo presidente poderá afetar diretamente todos estes indicadores, e diante disso não há como prever com clareza a situação futura.

Conclusão

Historicamente em anos eleitorais, em média, a cotação da arroba do boi gordo sobe no segundo semestre frente aos anos sem eleições.

Porém apesar do peso das eleições, a variação da cotação da arroba no segundo semestre depende mais da conjuntura econômica, do que propriamente pelas eleições, isso ficou evidente em 2012 e 2016.

Para o próximo ano eleitoral, as projeções indicam um cenário econômico confiante para o Brasil.

Entretanto a escolha do presidente definirá se o país continua em recuperação ou regride para uma nova recessão.

O cenário político está incerto.

A sorte está lançada.

Notícias
Oferta de confinados é menor que previsto O volume de animais de confinamento nos estados da região centro-sul está menor e a dificuldade para encontrar bois terminados é cada vez maior. Em São Paulo, as escalas de abate atendem&
Semana de poucos negócios e preço firme Semana termina com pouca movimentação no mercado do boi gordo. Acompanhamento da Scot Consultoria mostra que a cotação em São Paulo está avaliada em R$97,00/@ à vista e R$ 99,00/@ a prazo, livre de impostos, mas conti
Brasil pode produzir mais carne bovina com tecnologias de pecuária de corte O diretor-executivo da Bigma Consultoria, Maurício Palma Nogueira, apresentou nessa segunda-feira, 5 de setembro, em São Paulo, estimativas que apontam que a demanda mundial por carne bovina deve crescer do volume atual de 64 milhões de toneladas para 73 milhões de toneladas em 2020. Durante o painel “Pecuária de Baixo Carbono: um novo para
Preço da carne bovina registra alta em Mato Grosso no mês de agosto Os principais cortes de carne bovina sofreram reajustes em Mato Grosso no mês de agosto. Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o traseiro com osso fechou o mês negociado, em média, a R$ 7,71 por quilo. No mês anterior, o mesmo corte era negociado em R$ 7,31 por quilo, registrando aumento de 5,47%.
Produtor deve ficar atento para as declarações do ITR e ADA O prazo para entrega da Declaração de Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – DITR, encerra-se no dia 30 de setembro. A declaração deve ser entregue à Secretaria da Receita Federal, conforme IN 1058, de 26 de julho de 2010. O Ato Declaratório Ambiental (ADA) também tem o mesmo prazo, devendo ser entregue ao Instituto Brasileiro de Mei
EUA superam o Brasil e lideram as exportações de carne bovina O Brasil perdeu, para os Estados Unidos, o posto de líder nas exportações de carne bovina. De janeiro a julho, os americanos exportaram 1,7% mais do que os frigoríficos instalados no país. Nos primeiros sete meses de 2011, a pecuária norte-americana faturou US$ 3,06 bilhões, ante receita de US
Aumento de lotação animal é prática sustentável Para adotar práticas sustentáveis, nem sempre o produtor precisa fazer grandes investimentos. No caso da pecuária, por exemplo, uma medida simples, como o aumento da lotação animal em uma mesma área pode otimizar o capital terra, gerando economia ao bolso do produtor. A adoção de algumas estratégias para a inserção da pecuária em um process
Brasil é o futuro da pecuária de corte Os números da pecuária de corte no Brasil não param de crescer. Dados apontam que hoje o mercado brasileiro possui o maior rebanho comercial do mundo, com mais de 200 milhões de cabeças de gado. Anualmente o brasileiro consome 39 quilos de carne bovina e somos o terceiro maior consumidor do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e Ch
Castração biológica reduz sofrimento de bovinos Uma nova técnica promete eliminar de vez o convencional método de castração de bovinos, no qual é feita uma cirurgia de retirada dos testículos. A castração biológica, feita através de uma injeção à base de papaína e ácido lático, garante índices de 98% de castração e promete eliminar riscos para o produtor rural, como eventuais hemorragias
Mercado de tourinhos apresenta alta O mercado de tourinhosestá com boa movimentação. Os resultados ruins da última estação de monta nãoparecem ter afugentado os investimentos em genética. A quantidade de leilõestem sido grande, e para as próximas semanas o número de remates programados tambémé expressiva.A Scot Consultoriaanalisou os cenários
agência dream