De acordo com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), os dados correspondem à expectativa do setor devido o aumento na oferta de animais que já havia sido registrado.
Ainda conforme o levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), houve um aumento significativo de abates de fêmeas. Foram 12,76% a mais no último ano, ou seja, enquanto em 2017 foram 2,11 milhões em 2017, em 2018 foram abatidas 2,38 milhões de cabeças.
De acordo com o consultor técnico da Acrimat, Amado de Oliveira, o aumento dos abates de fêmeas se deve ao ciclo da pecuária de corte que passa por diversos momentos.
“Pode ser porque o produtor está descapitalizado, por uma série de fatores, e ele acaba desfazendo da vaca enquanto um patrimônio. Esse animal se transforma em material de consumo e vai para o abate. Ou, em dado momento, você tem excesso de animais gordos para o mercado e para reduzir a oferta de bezerros aumenta-se o abate de vacas. Quem manda no mercado da carne é a vaca, pois ela tem dupla função: ou um bem de consumo ou um bem patrimonial para produzir bezerros”, afirma o consultor.
Em relação ao abate de machos, o aumento foi um pouco mais tímido, 6,20%, saindo de 2,85 milhões em 2017 para 3,02 milhões de cabeças em 2018.