A dose da vacina contra febre aftosa será reduzida de 5 ml para 2 ml a partir de maio, na primeira etapa do ano de imunização de bovinos e bubalinos. Com isso, o Ministério da Agricultura espera diminuir a ocorrência de reação da vacina nos animais, como caroços e inchaços. Além disso, com frascos menores, as vacinas ocuparão menos espaço, facilitando o transporte e reduzindo o custo de refrigeração. “Os laboratórios produtores possuem estoque suficiente do novo produto para atender à demanda dos criadores”, afirmou o chefe da Divisão de Febre Aftosa e outras Doenças Vesiculares (Difa) do Ministério, Diego Viali dos Santos, em nota.
A mudança da dose está prevista no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que deverá resultar na retirada total da vacinação no País em 2021. Em maior grande parte do País vai imunizar todo o rebanho, conforme calendário de vacinação. Já no Acre, Espírito Santo e no Paraná a dose será aplicada apenas em animais jovens (de até 24 meses de idade). O Estado do Amapá, devidos a condições peculiares, realiza a vacinação anualmente no segundo semestre.
O ministério preparou um manual para fiscalização do comércio de vacinas contra a febre aftosa, atualizando a publicação de 2005. A versão digital, contendo orientações aos Serviços Veterinários Estaduais e aos distribuidores sobre a qualidade exigida ao produto, deverá ser disponibilizada nesta semana. Dentre as recomendações estão o transporte do produto somente com uso de caixa térmica, para preservar a temperatura entre 2°C e 8°C; manutenção da vacina no gelo até o momento da aplicação; e preenchimento da declaração de vacinação e entrega no serviço veterinário oficial do Estado juntamente com a nota fiscal de compra do produto. (Nayara Figueiredo, nayara.figueiredo@estadao.com)