O diretor técnico da Associação dos Criadores de Gado de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, apresentou os potenciais da pecuária brasileira em visita ao porto de Itaqui, localizado São Luís (MA), com foco nas exportações de grãos e pulses. Na oportunidade, além de representantes do setor produtivo, empresários do setor de transporte marítimo e terrestre e o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Ted Lago.
De acordo com Manzi, além de logística privilegiada – o porto de Itaqui é conectado a rodovias e ferrovia -, e conta com a menor distância dentre todos os portos brasileiros ao porto de Roterdã, na Holanda, além de possuir um dos maiores calados do Brasil, atracando navios de grandes capacidades.
“O fato de estar preparado para atuar com cargas em contêineres refrigerados possibilita a exportação de carne. Demonstramos o potencial de Mato Grosso, sobretudo da região nordeste do estado, cuja área e vocação para a integração lavoura pecuária chega a 2,8 milhões de hectares”, disse o diretor técnico da Acrimat.
Além das rodovias, a prioridade do governo federal em executar a FICO (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste) facilitaria ainda mais tanto a chegada de carne congelada como de animais vivos, com as quais o porto já tem expertise.
“É uma grande alternativa para escoamento de carne e animais vivos, o que fará com que o nosso produto chegue a preço cada vez mais competitivo à mesa de mais e mais consumidores em todo o mundo”, finalizou o representante da Acrimat.
Porto de Itaqui
O Porto fechou o ano de 2018 com recorde histórico de 22,3 milhões de toneladas de cargas movimentadas, o que representa crescimento de 17% em relação a 2018. O resultado foi o melhor da história do porto, superando a marca dos 21,5 milhões de toneladas em 2015.
“Na área financeira, registramos crescimento de 12,5% em receitas operacionais e o EBTIDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 45,6%, chegando a R$ 93,2 milhões, um aumento de 8,3 pontos percentuais no comparativo com 2017. Reduzimos R$ 24 milhões de despesas frente o previsto para 2018, com lucro líquido de R$ 61,8 milhões, 28,3% superior a 2017”, conta Ted Lago, presidente do EMAP.