O Brasil e a China assinaram nesta sexta-feira (25) dois protocolos sanitários para a exportação de carne termoprocessada e de farelo de algodão para China. Os acordos foram assinados pela ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e pela Administração Geral de Aduanas da China (GACC), conforme informou a Presidência da República.
Os protocolos estabelecem os requisitos para permitir a exportação dos dois produtos do Brasil à China. O objetivo da negociação de protocolos sanitários entre os países é evitar o ingresso de pestes ou pragas endêmicas do país exportador no país importador. Conforme as normas da Organização Mundial do Comércio e outros organismos internacionais de referência, as exigências determinadas pelo país importador devem estar baseadas em critérios científicos.
A carne termoprocessada é a carne que tenha passado por processos térmicos, como a cocção. O Brasil exportou em 2018 US$ 557 milhões em carne bovina processada e a China importou US$ 25 milhões do produto.
Já o farelo de algodão é usado como ração animal. A exportação brasileira de farelo de algodão ainda é incipiente. A China importou US$ 4 milhões da commodity.
Tereza Cristina chegou à China no fim de semana passado e nessa quinta-feira (24) se juntou à delegação do presidente Jair Bolsonaro.
Melhoramento da soja
Também foi anunciado hoje um memorando de entendimento entre a Embrapa e a Academia Chinesa de Ciências para a criação de laboratórios conjuntos voltados ao melhoramento e desenvolvimento da soja. O memorando pretende fomentar a cooperação em ciência e tecnologia por meio de projetos conjuntos nas áreas de agricultura e recursos naturais para o aprofundamento do conhecimento existente e com base no desenvolvimento de agricultura sustentável e de fortalecimento institucional.
O primeiro projeto consistirá no estabelecimento de um laboratório virtual Brasil‐China que desenvolverá pesquisas nas áreas de caracterização de germoplasma, edição de genoma e genética funcional na cultura da soja.