65 3054 5323 Av. Ten. Coronel Duarte, 1585
Dom Aquino - Cuiabá / MT

Gado Facil

Notícias
Boi gordo: com escalas de abate alongadas, indústrias reforçam pressão de baixa na arroba

A lentidão no escoamento da carne bovina no ambiente doméstico e o avanço das escalas de abate dos frigoríficos brasileiros devem contribuir para a continuidade da pressão de baixa no mercado do boi gordo no curtíssimo prazo, apostam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Nesta quinta-feira, 21 de julho, as cotações do macho terminado destinado ao mercado interno de São Paulo ficaram estáveis, após dois dias consecutivos em queda, relata a Scot Consultoria.Em boa parte dos frigoríficos espalhados pelo Estado de São Paulo, as escalas de abate estão acertadas para este mês e parte de agosto.

Segundo a zootecnista Thayná Drugowick, analista da Scot Consultoria, nesta quinta-feira, o boi gordo paulista continuou valendo R$ 310/@, enquanto a vaca e a novilha gordas foram negociadas por R$ 280/@ e R$ 302/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).Paga-se hoje pelo boi-China (abatido mais jovem, até 30 meses de idade) em torno de R$ 315/@ em São Paulo, acrescenta a Scot.

Pelos números levantados pela analista, desde o início de julho, os preços do boi gordo paulista acumulam queda de R$ 6,50/@.Segundo dados da IHS Markit, em âmbito geral, as indústrias frigoríficas brasileiras dispõem de escalas de abate confortáveis, o que limita uma procura mais ativa por gado gordo em todo o País.Por sua vez, muitos pecuaristas não têm mais bons lotes terminados nas fazendas, já que houve forte liquidação de animais nas semanas anteriores.

“O período de estiagem avança e há registro de regiões em que não chove há mais de um mês, característica típica do período”, relata a IHS.

As pastagens já não apresentam volumes de suporte, consequentemente, os últimos lotes de animais remanescentes terminados em pasto sofreram redução no potencial de rendimento das carcaças, observam os analistas da IHS.

Porém, a consultoria observa que, neste momento, ainda há relatos de algumas ofertas de boiadas oriundas do primeiro giro de confinamento.

“O atraso no início do alojamento de animais no cocho protelou a entrada de oferta de lotes no mercado”, justifica a IHS.Na avaliação da consultoria, as quedas recentes nos preços dos grãos, sobretudo do milho, bem como os baixos preços do gado de reposição (em relação ao ano passado), deram suporte a um ambiente mais otimista para atividade de confinamento em relação à expectativas negativas de início do ano.

“Assim, apesar do atraso na entrada desses lotes em sistemas de confinamento, esses animais devem ser ofertados ao mercado nas próximas semanas”, reforçam os analistas da IHS.

Neste momento, esclarece a IHS, o quadro de lentidão no escoamento interno da produção de carne bovina, típico de segunda quinzena de mês, é minimizado pelo forte ritmo das exportações, ajudando a equalizar os estoques e reduzindo a pressão de baixa nos preços da proteína.Segundo a IHS Markit, espera-se, porém, uma retomada do consumo doméstico de carne bovina a partir de agosto, estimulada pela entrada da massa salarial e pelo dinheiro advindo de programais sociais de distribuição de renda.

Além disso, acrescenta a consultoria, tradicionalmente, o segundo semestre do ano é marcado pelo maior apetite dos compradores internacionais da carne bovina brasileira, em relação à demanda contabilizada na primeira metade do ano.

Tais fatores, portanto, devem resultar em fortalecimento nos preços da arroba ao longo dos próximos meses do ano, confirmando a expectativa de novas valorizações ao longo do período de entressafra, relatam os analistas.

No atacado, os preços dos cortes de dianteiro e ponta de agulha recuaram nesta quinta-feira.

As variações negativas são reflexos do descompasso nos volumes de oferta de carne com osso, que seguem acima da demanda vigente, observa a IHS.

Cotações máximas de machos e fêmeas desta quinta-feira, 21/7
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 292/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 292/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca R$ 280/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 324/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 324/@ (à vista)
vaca a R$ 272/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 282/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 263/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

Notícias
Criação de gado comercial custa cerca de R$ 450,00 por ano O gado comercial, que não desfila pelas pistas, precisa ser saudável e ter bom desempenho para chegar no ponto de abate o mais rápido possível
Redução no custo de produção da pecuária em março Os custos de produção da pecuária, segundo o Índice Scot, tiveram recuo em março para as pecuárias de corte de alta tecnologia e leiteira. Considerando os itens que compõem o índice, os preços dos alimentos concentrados proteicos e energéticos caíram, respectivamente, 4,5% e 3,7%, e foram os principais elementos responsáveis pela queda dos custos. Para a pecuária de corte, houve redução mensal de 0,4% para o custo do sistema de produção de alta tecnologia. Já para a pecuária leiteira, a queda em março foi de 1,8%, reflexo da maior dependência da alimentação concentrada. Porém, mesmo com a queda mensal, na comparação com março do ano passado, os índices de custos da pecuária de corte de alta tecnologia e da pecuária leiteira subiram 9,1% e 11,2%, respectivamente.
Estoques de bois em frigoríficos é considerado bom O mercado do boi gordo está firme, apesar de poucos negócios. Em São Paulo, a referência está em R$98,00/@, à vista
Mercado do boi gordo travado Pouca movimentação no mercado do boi gordo.
Cavalo Crioulo é tema de evento em Gramado, na serra gaúcha Em três dias de palestras, Congresso do Cavalo Crioulo abordou assuntos importantes para criadores da raça
Cotações do boi gordo apresentam estabilidade frente aos dois primeiros meses de 2013 Além de os preços não terem mudado significativamente, fatores que definem o cenário em que as negociações acontecem também são os mesmos de janeiro e fevereiro
Influência do clima na pecuária é destaque no primeiro dia do Circuito Feicorte, em Cuiabá (MT) No encontro, especialista falou sobre o efeito do clima nas pastagens, as estratégias de manejo e as medidas para minimizar o impacto do tempo no setor
Mesmo com pressão dos frigoríficos, São Paulo registra negócios a R$ 100 por arroba do boi gordo Para completar as programações de abate a preços mais baixos, parte dos compradores tem fechado negócios nos Estados vizinhos, diz Scot Consultoria
Mercado firme e melhora das pastagens movimenta mercado de reposição Mercado de reposição teve aumento na demanda em alguns estados
Produtor brasileiro de carne terá um ano difícil, diz Fitch Ratings Volatilidade dos preços das commodities agrícolas, câmbio desfavorável, surtos de doenças e restrições à exportação podem prejudicar o setor em 2013
agência dream