A
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai apresentar
ao Ministério da Agricultura (Mapa), na próxima sexta-feira,
18,  propostas para o aumento da produtividade na pecuária nacional por
meio do Plano Nacional da Pecuária. De acordo com o presidente
da Comissão de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, o Brasil pretende conquistar
os mercados asiáticos e exportar carne in natura para os Estados Unidos, mas, para isso, precisa aumentar a produtividade.

A primeira reunião entre a CNA e o Mapa para discutir a elaboração do
Plano Nacional da Pecuária, foi realizada no dia 11 deste mês. Na
ocasião, Nogueira apresentou ao secretário-executivo do Mapa, José
Carlos Vaz, as primeiras propostas de linhas de financiamento para
criação de gado em confinamento e semiconfinamento que deverão integrar o
Plano.

Segundo Nogueira, foi solicitado na ocasião, o encaminhamento de um
pedido formal, mostrando a viabilidade e a importância de nossas
demandas para o meio ambiente e os benefícios para o produtor. "Vamos
entregar o documento na sexta-feira."

Entre as propostas a serem encaminhadas, está o pedido de renovação da
linha de crédito de até R$ 750 mil para a aquisição de reprodutores e
matrizes bovinas ou bubalinas, anunciada no Plano Safra 2011/2012. A
CNA também defende a inclusão da possibilidade de uso os recursos desse
financiamento para a aquisição de material genético, como sêmen e
embriões, com o objetivo de melhorar a qualidade do rebanho.

A CNA propôs ainda a criação de um mecanismo de apoio à comercialização
e para aquisição de insumos pelos grandes produtores e confinadores.
Atualmente, os limites de financiamento atendem somente aos pequenos e
médios produtores.

Em relação à produção sustentável, o comitê gestor do Programa
Agricultura de Baixo Carbono (ABC) avalia a inclusão do sistema de
criação de bovinos em confinamento e semi-confinamento entre as práticas
contempladas com as linhas especiais de crédito do programa. Comparado
ao sistema tradicional de criação no pasto, o sistema de confinamento
proporciona a redução de áreas de pastagem e a redução das emissões dos
gases do feito estufa (GEE) por quilograma de carne produzida.

Caso o confinamento seja incluído entre as práticas de produção de
sustentável, os produtores poderão contratar financiamentos com as
vantagens das linhas de crédito do Programa ABC, como taxa de juros de
5,5% ao ano, carência de oito anos e prazo máximo para pagamento de 15
anos.