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Fundamentos de alta se mantêm, o que pode levar boi gordo para acima dos R$ 350/@

Com o boi gordo paulista fechando a semana na casa dos R$ 350/@, o mercado pecuário brasileiro mira as atenções para a semana seguinte, que, teoricamente, será marcada por um menor consumo interno de carne bovina, em razão do esgotamento do dinheiro recebido pelos trabalhadores no início de outubro/24.


Porém, não há sinais de encerramento do movimento de alta do boi gordo, embora os analistas apostem em redução de intensidade (em relação ao comportamento do mercado verificado nas semanas anteriores), justamente pela previsão de menor procura doméstica pela proteína no curtíssimo prazo.

A redução de oferta de animais terminados, especialmente de pasto, além do forte ritmo das exportações brasileiras de carne bovina in natura, continuam sustentando os preços da arroba.

Segundo a Agrifatto, é importante destacar que a injeção de aproximadamente R$ 300 bilhões na economia pelo décimo terceiro salário, aliadas aos salários, benefícios sociais de novembro e a maior criação de empregos temporários, “provavelmente resultará em um aumento do consumo a partir de dezembro/24, especialmente durante as festividades de fim de ano”.

Para que isso se concretize, diz a Agrifatto, é crucial que o volume de carne com ossos oferecido pelos frigoríficos se mantenha nos níveis atuais, ou até um pouco abaixo. “Um aumento na oferta poderia complicar a situação”, afirmam os analistas da consultoria.

Nesta sexta-feira (22/11), pelos dados da Agrifatto, o preço do boi gordo (tanto o “comum” quanto o animal padrão-exportação) permaneceu em R$ 350/@ no mercado paulista. Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, a cotação média do boi gordo subiu para R$ 318,40/@.

“Nove das 17 praças registraram valorização da arroba neste último dia da semana (BA, ES, GO, MG, MS, PR, RJ, RS e SC); as outras oito mantiveram suas cotações laterais (SP, AC, AL, MA, MT, PA, RO e TO)”, diz a Agrifatto.

No mercado futuro, a quinta-feira (21/11) foi marcada por um clima de otimismo, informa a consultoria, citando os dados do boi gordo no fechamento da B3. O contrato com vencimento em novembro/24 encerrou o dia cotado em R$ 345,50/@, com valorização de 0,68% em relação ao dia anterior.

Escalas de abate ainda curtas
As indústrias frigoríficas brasileira seguem operando com cautela, mantendo as estratégias de pular dias de abate e reduzir a velocidade da linha de produção para conseguir alongar suas programações de abate, informa a Agrifatto.

Diante disso, as praças monitoradas pela consultoria operam com escalas entre 5 a 10 dias úteis, demonstrando que as estratégias estão surtindo certo efeito.

“As escalas de abate curtas, em conjunto com uma oferta restrita de animais aptos para o abate, também ajudam a impulsionam os preços da arroba para cima”, afirmam os analistas da Agrifatto.

Na média nacional, as escalas de abate permaneceram em 6 dias úteis nesta sexta-feira (22/11), demonstrando estabilidade em relação à semana anterior.

Quadro atual de programações, conforme levantamento da Agrifatto:

Pará – Foi o destaque desta semana, registrando acréscimo de 3 dias úteis nas escalas, na comparação com a semana anterior, fechando a sexta-feira em 10 dias úteis programados, o maior patamar desde 26/08/2024.

Rondônia – Registrou avanço de 1 dia útil nesta semana, encerrando com escalas de abate de 9 dias úteis.

Paraná – Demonstrou aumento de 1 útil sobre a semana anterior, com programações de abate fechando em 6 dias úteis.

Minas Gerais – Apresentou acréscimo de 1 dia útil e suas escalas de abate ficaram em 5 dias úteis.

Goiás – Apontou avanço de 1 dia útil em relação à semana anterior, com escalas de abate ficando em 5 dias úteis.

Todos os estados a seguir demonstraram estabilidade:

Mato Grosso encerrou a semana com as programações atendendo 5 dias úteis; Mato Grosso do Sul também fechou com 5 dias úteis de escalas programadas; Tocantins fechou o período com suas programações de abate em 6 dias úteis; e São Paulo encerrou a semana com 7 dias úteis de escalas.

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