No final desta primeira quinzena de março, a movimentação continua lenta no mercado pecuário, de acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Além de os preços não terem mudado de forma significativa, os fatores que definem o cenário em que as negociações acontecem também são os mesmos de janeiro e fevereiro.
Entre 6 e 13 de março, o Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa ficou praticamente estável (+0,08%). No acumulado de março, a variação está positiva em 0,53%. A oferta de animais para abate não é expressiva, visto que pecuaristas têm postergado as vendas, à espera de valores maiores, segundo informações do Cepea. Frigoríficos, por sua vez, mantêm a cautela, já que as vendas no mercado atacadista de carne com osso não têm sido animadoras.
De acordo com a Scot Consultoria, os negócios ocorreram com um pouco mais de facilidade na quarta, dia 13, em relação aos últimos dias, com a disponibilidade de animais terminados tem melhorado aos poucos. Gradativamente, os negócios acima da referência diminuíram durante a semana, mesmo sem alongamento significativo das programações de abate.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, a referência em São Paulo ficou estável em R$97,50 por arroba à vista e R$ 98,50 por arroba a prazo. As escalas estão mais homogêneas e atendem, em média, entre três e quatro dias úteis. A maior parte das indústrias que tentam preços menores compõe a escala com boa participação de vacas e também com boiadas de Estados vizinhos. Na Bahia, a estiagem tem causado aumento da oferta de animais, o que pode manter os preços frouxos nos próximos dias.
No mercado atacadista de carne com osso, a movimentação está calma. O boi casado de animais castrados está cotado em R$6,22 por quilo.
Bahia
A arroba do boi gordo no oeste da Bahia está cotada em R$90,00 à vista e R$92,00 a prazo, segundo levantamento da Scot Consultoria. Na comparação com a cotação de trinta dias atrás, houve recuo de 6,1%. É a maior queda entre as praças pesquisadas durante este período.
A estiagem tem sido um problema para os pecuaristas da região. Com a perda da qualidade das pastagens, a oferta de animais para abate cresceu nos últimos dias, o que pressionou negativamente as cotações.
Fonte: CEPEA E SCOT CONSULTORIA