O custo da pecuária de corte no primeiro semestre deste ano ficou 4,52% acima da média acumulada ao longo de todo ano passado. O estudo, realizado pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), mostra que os custos foram pressionados pela alta dos preços dos animais de reposição, da suplementação mineral e da mão de obra.
“Apesar de o período entre janeiro e junho de 2013 ter sido de redução da oferta de animais para reposição e abate, fenômeno que elevou o preço da arroba, a receita da atividade pecuária não cresceu de forma suficiente para compensar os custos de produção”, dizem os técnicos.
O levantamento da CNA/Cepea mostrou que no primeiro semestre deste ano o Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 4,50% e o Custo Operacional Total (COT) 4,52%. Entre janeiro a junho do ano passado, o custo efetivo subiu 2,28% e o total 2,94%. No acumulado de 2012, a variação positiva do COE foi de 2,85% e do COT, de 4,36%.
O estudo tem como base os mercados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
A pesquisa revela, ainda, que os preços do boi gordo neste ano subiram 2,81% no acumulado até junho, de acordo com o Indicador Esalq/BM&FBovespa, que serve de referência nas negociações de animais para abate.
Os técnicos observam que, apesar de a variação da receita ser inferior ao aumento dos custos, a situação da pecuária está mais favorável neste ano do que em 2012, quando a cotação do boi gordo acumulava queda de 8,8%. Em relação ao cenário futuro, os técnicos afirmam que é preciso cautela porque, “além dos fatores macroeconômicos que têm se mostrado mais preocupantes, há também dúvidas sobre os preços dos insumos, que podem ter alta significativa em função do dólar”.
Fonte: Agência Estado