O mercado do boi gordo ainda possui viés altista, mas essas altas devem vir de forma comedida. A demanda interna, que ainda se encontra desaquecida, gera uma inércia e o mercado futuro reflete os patamares do mercado físico. É o que detalha Alex Santos Lopes, analista da Scot Consultoria.
A carne teve um período positivo, mas essa alta foi atribuída mais a um estoque enxuto do que a uma nova demanda por carne. Ao chegar no varejo, não foi possível fazer o repasse de preço ao consumidor. Segundo o analista, ainda há uma pressão nos preços da carne, embora não tenha captado nenhum indicativo expressivo, mas o mercado segue estável.
Também de forma comedida, os frigoríficos devem continuar comprando, à medida em que o mercado vai respondendo. Nesta quarta-feira (5), em São Paulo, a arroba do boi gordo vem sendo cotada em R$152 reais a vista.
O período de entressafra e o confinamento menor do que no ano passado são alguns dos fatores que sustentam, também, o valor da arroba, embora o volume de oferta de animais já esteja precificado.
O mercado futuro não se recupera, refletindo o cenário do mercado físico e, de acordo com o analista, não deve haver alta expressiva a curto e médio prazo. No entanto, o cenário de expectativa é mais positivo do que há dois meses.
Para os produtores, o conselho é que façam as contas antes de entregar o animal, para ver se vale mais a pena vender ou manter, aguardando o animal ganhar mais peso.
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