65 3054 5323 Av. Ten. Coronel Duarte, 1585
Dom Aquino - Cuiabá / MT

Gado Facil

Notícias
Sombra na ILPF não aumenta incidência de verminoses

A incidência de verminoses em gado de corte em sistema silvipastoril (pecuária-floresta) não é maior do que na pecuária exclusiva. A conclusão é de uma pesquisa que acaba de ser encerrada na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, MT. A informação contraria a hipótese inicial de que as condições microclimáticas no sistema silvipastoril poderiam favorecer a ocorrência de vermes.

Esse resultado mostra que, nos sistemas de pecuária integrada com árvores, o controle de verminoses não precisa ser diferente em relação à pecuária tradicional. O número de dosagens de vermífugos deve ser o mesmo em ambos os sistemas de produção.

Financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), a pesquisa avaliou durante dois anos a quantidade de ovos de helmintos por grama de fezes em animais da raça Nelore, com peso inicial de 250 kg. Também foram monitoradas a quantidade e a diversidade de espécies de insetos coleópteros nos sistemas, como os besouros rola-bosta. Esses animais atuam na decomposição do bolo fecal.

Como os vermes utilizam as fezes frescas na fase de vida livre, a atuação dos coleópteros e o tempo necessário à degradação do bolo fecal estão diretamente relacionados à incidência de verminoses no rebanho, proporcionando um controle natural.

De acordo com o pesquisador Luciano Lopes, quando comparados os dois sistemas, não houve diferença nem na quantidade de ovos de helmintos presentes nas fezes, nem na quantidade e diversidade de coleópteros e nem mesmo no tempo de decomposição do bolo fecal. A comparação entre o rendimento do gado em ganho de peso também não indicou qualquer variação causada pelas verminoses.

“Nos respaldamos na literatura para explicar o que pode ter acontecido. Uma das razões que considero pertinentes é que como no sistema solteiro nós trabalhamos bem e com alta performance, e alta lotação, encontrei nesse monocultivo uma disponibilidade de alimento muito grande para esses besouros. Talvez esse seja um fator fundamental. Se eu tivesse comparado com uma pastagem com menor capacidade de suporte, talvez encontrasse diferença. Como tenho um número maior de placas fecais e consequentemente maior disponibilidade de alimentos, isso pode ter feito a diferença”, avalia o pesquisador da Embrapa Luciano Lopes.

Considerado positivo para o sistema ILPF, o resultado contraria a hipótese inicial de que o sombreamento aumentaria a incidência de verminoses. Tal suposição veio de outro resultado de pesquisa desenvolvida na Embrapa Agrossilvipastoril, em que numa área de ILPF com pecuária leiteira, verificou-se que a sombra contribuiu para maior contaminação das pastagens por larvas de parasitas.

“Como tenho uma condição microclimática melhor no silvipastoril, ela é boa para o animal, porém é também favorável para a fase de vida livre desse parasita. Com a área sombreada, é possível aumentar a contaminação das pastagens”, ressalta o pesquisador.

Porém, mesmo com o aumento do risco de contaminação na sombra, os resultados na pesquisa com a pecuária de corte não apontaram diferença.

“Apesar de a contaminação poder ser maior, o animal não parece ser afetado pelo problema. Isso pode ser explicado pela resposta imunológica. O que nos leva a acreditar que o animal nessas condições microclimáticas é capaz de reagir melhor do ponto de vista de resposta imune do que o animal a pleno sol, sem nenhum tipo de sombreamento. A avaliação do sistema imunológico e dos indicadores do sistema imune será a última etapa do processo, para fechar o ciclo,” explica Lopes apontando os próximos passos da pesquisa.

De acordo com o cientista da Embrapa, o resultado obtido com gado nelore poderia ser diferente caso fosse feito com raças leiteiras, uma vez que os animais de leite são mais sensíveis aos parasitas que os de corte.

Verminoses – A presença de vermes (nematoides) gastrointestinais nos rebanhos de corte e leite pode trazer uma série de prejuízos ao desempenho animal, como perda de peso e redução da produção de leite. Estudo realizado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em 2014 estimou em 7,11 bilhões de dólares as perdas anuais provocadas por esses parasitas no Brasil.

A ocorrência dessas verminoses varia de acordo com fatores climáticos, idade e raça dos animais, tipo de exploração (gado de leite ou corte), manejo e tipo de pastagens, sistema de criação (intensiva, semi-intensiva ou extensiva) e época do ano (seca ou águas). Em geral, ocorrem com maior frequência em bezerros após a desmama e aos 24-30 meses de idade.

As espécies mais comuns encontradas no Brasil são Cooperia, Haemonchus, Trichostrongylus, Oesophagostomum e Trichuris. Na Embrapa Agrossilvipastoril, um levantamento prévio indicou predominantemente a presença das espécies Cooperia, seguida de Oesophagostomum, Haemonchus e Teladorsagia.

Notícias
MT vacina mais de 99% do seu rebanho contra a febre aftosa; rebanho cresce 2,13% A etapa de maio de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso imunizou 30.079.017 bovinos e bubalinos, o que corresponde a 99,67% do rebanho no Estado. É obrigatória nesta etapa a vacinação de animais de todas as idades, exceto na microrregião do Baixo Pantanal Mato-grossense e a zona de bloco I do plano estratégico para suspensão da vacinação.
Acrimat debate cruzamento industrial e traduz dados técnicos em informação A importância da utilização do cruzamento industrial para aumentar a lucratividade foi o tema debatido pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) na live realizada nesta terça (11), com o médico veterinário Rogério Fonseca e os diretores da entidade Jorge Basílio e Nério Humberto, dois importantes expoentes da pecuária mato-grossense. O
Desmatamento em MT foi reduzido em 86% num intervalo de 15 anos Mato Grosso conta com uma das maiores reduções de desmatamento no Bioma Amazônia. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2004 foram desmatados 11.814 km² e, em 2019 esse número reduziu 86%, passando para 1.702 km². Esse número está abaixo do limite estabelecido pelo Acordo de Paris, que é de 1.788 km². O governo
Acrimat debate com lideranças do agro e governo ações para combater queimadas A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) participou de uma live realizada nesta quarta (29) para discutir ações de enfrentamento da temporada de seca, prevenção e combate aos incêndios, principalmente no Pantanal Mato-grossense. Representando a entidade, a diretora executiva Daniella Bueno debateu com lideranças do agronegócio e com repr
MT registra aumento no valor da arroba produzida que para o sistema de recria-engorda o movimento foi contrário: houve alta no período de 6,68%, fechando o trimestre em R$ 158,69/@. O avanço expressivo desse sistema esteve atrelado, principalmente, ao desembolso com a aquisição animal. Este item representou 60,99% do CO e subiu 12,39% no trimestre. O principal fator para tal aumento é relac
Acrimat informa pecuarista sobre novas diretrizes da febre aftosa A Instrução Normativa Nº 48 foi publicada nesta quarta-feira (15), no Diário Oficial da União, e entra em vigor no dia 3 de agosto
Semana terminou com mercado do boi gordo calmo, mas firme A cotação do boi gordo encerrou a semana estável
Mercado do boi gordo: dificuldade de compra em preços menores A pressão de baixa sobre as cotações nas ordens de compra das indústrias paulistas surte pouco efeito.
Bom volume exportado de carne bovina na primeira semana de julho A média diária exportada ficou em 5,90 mil toneladas, frente às 5,79 mil toneladas em igual período de 2019
Carne é importante fonte de vitaminas e fortalece sistema imunológico, diz doutor em cardiologia O consumo de carne vermelha é essencial para uma vida mais saudável. Este foi a principal informação passada pelo mestre e doutor em Medicina, Dr. Iran Castro, um dos principais nomes da área da saúde no Brasil, que participou da 6º webinar realizada pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). A live, promovida na noite desta terça (23)
agência dream