65 3054 5323 Av. Ten. Coronel Duarte, 1585
Dom Aquino - Cuiabá / MT

Gado Facil

Notícias
Ajuste de oferta e concorrência com aves são os desafios dos frigoríficos

Em um ano de incerteza quanto à recuperação do poder de compra da população, os frigoríficos brasileiros terão pela frente o desafio de ajustar a oferta de carne bovina à demanda para garantir margens mais folgadas no segundo semestre, avaliam analistas.


“Ainda não está claro qual será o ritmo e o tamanho da recuperação econômica. Neste começo de ano esperava-se retomada de renda e aumento do consumo, o que não aconteceu”, afirma Alex Lopes, da Scot Consultoria. “Essa expectativa levou frigoríficos a aumentar abates e retomar atividades em plantas, mas o consumo não cresceu na mesma medida”.


A Minerva Foods, por exemplo, aumentou em 4% os abates no País nos primeiros três meses de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior – para 877,5 mil cabeças – amparada por uma boa oferta de animais e uma demanda firme de exportações. Nos primeiros três meses deste ano a Minerva reportou prejuízo de R$ 114,7 milhões. “O primeiro trimestre é sempre desafiador, com menores margens e menos faturamento”, disse o presidente da empresa, Fernando Galletti de Queiroz, ontem, em conferência para apresentação de resultados com analistas.


Galletti atribuiu o resultado à variação cambial e também destacou o desafio da substituição da carne bovina e a de frango. O aumento de oferta no mercado interno, resultado de uma queda nas exportações, deixou a carne de frango mais competitiva. “A diferença (entre os preços) está no maior nível histórico”, afirma a diretora da Agrifatto, Lygia Pimentel.


Para o segundo trimestre, Galletti aposta em um resultado neutro para as operações do frigorífico no País. “Mesmo com a concorrência maior, esperamos um abate estável e uma oferta maior de animais” afirmou Galletti.


Outro desafio para os frigoríficos neste ano serão os preços do milho, que vem subindo diante na menor oferta na Argentina e da perspectiva de queda de produção no Brasil. “Não há sinais de que os preços vão cair, o que pode reduzir a oferta de animais. Os próximos 90 dias vão ser importantes para sabermos como o pecuarista vai lidar com esse aumento nos custos de engorda e quais serão os preços desse boi de final de safra.”


Para Lopes, da Scot Consultoria, este será um ano propício para os frigoríficos, mas não muito diferente de 2017. “Já a situação para 2019 é mais animadora, pois devemos ter um crescimento na demanda e uma redução de oferta de animais, devido ao aumento do abate de fêmeas em 2017 motivado pela queda de preços de bezerro no começo do ano passado”, destaca Lopes.


Exportação


Os embarques têm compensado a demanda fraca no mercado interno e não foi diferente para o Minerva. A empresa ampliou as exportações em 21% a partir do Brasil nos primeiros três meses do ano ante ano mesmo período de 2017 com forte demanda dos países asiáticos, do Chile, do Norte da África e do Oriente Médio. A empresa respondeu por 19% dos embarques no período.


Galletti destacou a perspectiva de abertura das exportações brasileiras para a Indonésia – o que ele projeta que deva ocorrer ainda no primeiro semestre – e expectativa de abertura de mercado para os Estados Unidos como um fator positivo. “Parece que não temos restrição técnica, a negociação está muito mais no nível politico. Tanto Brasil como Argentina estão trabalhando bem para isso e acredito que a abertura desse mercado pode sair rapidamente”, diz Galletti.


Em abril, porém, os embarques registraram o primeiro resultado negativo do ano, com uma queda de 4% em volume e de 5% na receita em abril segundo informações da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Foram exportadas 85 mil toneladas com receita de US$ 344,7 milhões. “Essa retração poderá afetar o desempenho da companhia no segundo trimestre, que tem um foco grande no mercado externo”, pondera Lygia.

Notícias
Mercado do boi gordo começa a reagir em Mato Grosso Um conjunto de fatores começa a mostrar efeitos no mercado do boi gordo. Depois de quase seis meses de desvalorização da arroba, nas últimas semanas o preço vem reagindo e em algumas regiões do estado chega a ser cotado em R$ 125 a arroba para pagamento em 30 dias. Em Cuiabá, a arroba foi cotada a R$ 121 nesta semana, 5% a mais que R$ 115 registrad
Pressão de baixa persiste no mercado do boi gordo A demanda retraída e a oferta remanescente da safra possibilitam a pressão baixista na maior parte das regiões. Apenas em Minas Gerais e no Pará, onde a oferta de boiadas está mais restrita, o cenário é diferente. Agora, com a entrada da segunda quinzena do mês, período em que sazonalmente há uma demanda menor, não há razão para acreditar que
Baixa movimentação e pressão sobre as cotações no mercado de reposição No balanço semanal, na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, houve queda de 0,6%. O cenário ainda é de lentidão no mercado e quando há interesse são dois os motivos que explicam o mercado travado O primeiro é o receio quanto ao futuro da arroba do boi gordo. Em um ano cheio de desafios,
JBS anuncia desinvestimento e ainda preocupa pecuaristas O plano de desinvestimentos de R$ 6 bilhões anunciado, nesta terça-feira (20), pelo Grupo JBS pode agradar os credores, mas não tranquiliza pecuaristas que fornecem para a controlada da J&F. O plano, que ainda precisa ser aprovado pelo conselho de administração da companhia, prevê a alienação de 19,2% das ações da Vigor, de todas as ações da Moy
Cobrança de Funrural inviabilizaria pecuária em Mato Grosso A retomada da contribuição do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) e a possível cobrança do que deixou de ser recolhido pelos produtores rurais pessoa física nos últimos cinco anos pode representar a saída de um número expressivo de pecuaristas da atividade. A expectativa do setor é que uma solução política e jurídica seja encontrad
Incerteza paralisa mercado futuro do boi gordo A venda no mercado futuro sempre foi utilizada pelos pecuaristas como ferramenta para garantia de preços, mas, diante da nova conjuntura no cenário nacional, essas operações não são mais sinônimo de proteção e algumas delas foram até suspensas, prejudicando os negócios de produtores. Para analistas, o mercado do boi gordo para os próximos meses
Dificuldade de estabelecimento da referência e baixa movimentação no mercado do boi gordo A ampla variação nos preços ofertados pelos frigoríficos ainda é uma realidade no mercado, principalmente em São Paulo. A diferença entre o menor e o maior valor ofertado pelos frigoríficos no estado chega a R$7,00/@, o que deixa o mercado sem uma referência bem definida de preços. As escalas de abate estão curtas na ampla maioria dos casos,
Mercado de reposição andando de lado No panorama geral, o cenário atual do mercado de reposição é de estabilidade a pequenas quedas. A baixa movimentação no mercado do boi gordo nas últimas semanas influencia as negociações no mercado de reposição. Na média de todas as categorias de machos anelorados e estados pesquisados pela Scot Consultoria, os preços ficaram praticamente est
Boi gordo: a oferta de animais terminados está restrita O mercado do boi gordo encerrou a última semana sem tendência definida. De maneira geral, a oferta de animais terminados está restrita, a disponibilidade acontece de forma gradativa na tentativa do pecuarista em segurar os preços. Entretanto, a demanda por carne bovina ainda está ruim, o que limita as tentativas de compra acima da referência.
Melhora no poder de compra do recriador e invernista em São Paulo De maneira geral, o cenário é de queda no mercado de reposição. Na média de todos os estados e categorias de machos anelorados, a queda semanal foi de 0,2%. Desde o início do ano os valores estão, em média, 2,3% menores. Os destaques da semana foram São Paulo e Mato Grosso do Sul com desvalorizações de 2,8% e 0,9%, respectivamente, para o bezerr
agência dream