O diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco de Sales Manzi , se reúne nesta segunda-feira (19.08) com o Dr José Guilherme Tollstadius Leal, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa), para discutir o alinhamento com os frigoríficos em receber animais reagentes para brucelose e o pagamento integral da carcaça, tendo em vista que a carne dos animais reagentes para brucelose é liberada para consumo in natura por não oferecer risco para a saúde humana.
De acordo com Francisco Manzi, o trabalho faz parte de um ciclo de ações que começaram com as palestras do programa de controle e erradicação da brucelose, apresentadas nas regionais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) para os veterinários da iniciativa privada, do serviço oficial e para os produtores.
“Nos reunimos no dia 25 de julho na Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carne (Abiec) para discutir a agilidade no descarte dos animais reagentes com o mínimo de burocracia e sem deságio do preço pago ao produtor , e hoje estamos em Brasília para discutir o assunto com o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal”, diz o diretor técnico da Acrimat.
O projeto tem como base a educação sanitária, com foco na qualidade da vacinação e na adoção de estratégias para manter os rebanhos protegidos contra a brucelose bovina. A iniciativa é do Comitê Consultivo sobre Brucelose de Mato Grosso, instituído em 2017.
O projeto “MT contra a Brucelose” percorreu 14 municípios de Mato Grosso, entre os dias 1º de julho a 7 de agosto, com informações para os produtores rurais sobre o tema, incluindo medidas apontadas como o caminho para minimizar a prevalência da brucelose no estado. As duas principais estratégias do projeto dizem respeito a vacinação de fêmeas adultas usando uma vacina especial chamada RB51, que aumenta a imunidade do rebanho no combate à doença e a eliminação da fonte de infecção dentro da propriedade rural.
O trabalho de educação sanitária tem sido mais intenso nas propriedades de pecuária de corte, com ação especifica voltada para as que possuem acima de 200 matrizes. Além da Acrimat, participam da reunião demais membros do comitê, como a Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato) e Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa-MT).