65 3054 5323 Av. Ten. Coronel Duarte, 1585
Dom Aquino - Cuiabá / MT

Gado Facil

Notícias
Campanha mostra que indústria utiliza derivados do boi como matéria prima

Uma campanha publicitária tem aguçado a curiosidade de internautas que visitam as páginas da Associação dos
Criadores de Mato Grosso (Acrimat) nas redes sociais. Intitulada ‘Do boi, só não se aproveita o berro”, as peças mostram a quantidade de mercadorias produzidas a partir de derivados bovinos. Um dos posts destaca que com a gordura, uma das partes mais aproveitadas do boi, o homem pode fabricar de chiclete a velas, passando por detergentes, giz, explosivos, fósforos, borracha e medicamentos.

“O número de utilidades que conseguimos extrair de uma parte do bovino, como a gordura, é incrível. Além dos citados, podemos fazer amaciantes de roupa, óleos e lubrificantes, fogos de artifício, desodorante, creme de barbear, perfume, cosméticos, cremes e loções, pintura, biodiesel, plásticos, impermeabilizantes, cimento, cerâmicas, fertilizantes, anticongelantes, isolantes, linóleo, borracha e têxteis, tudo isso a partir da gordura bovina”, diz o presidente da Acrimat, Marco Túlio Duarte Soares.

Só com a gordura a indústria consegue produzir 28 objetos, com diferentes usos. Utilizando outras partes, como ossos e couro, esse número sobe para mais de 100. “Os derivados bovinos servem para outros fins. Vamos pegar o couro como exemplo. Além da utilização óbvia para a confecção de sapatos, cintos, bancos de automovéis e roupas, o couro dá origem à gelatina neutra que será usada na indústria alimentícia, na fabricação de chiclete, suspiros, iogurtes, sorvetes, etc”, informa o diretor técnico da Acrimat, Francisco Manzi.

A quituteira Maria do Carmo Nunes, 56 anos, confessa nunca ter imaginado que os ingredientes que usa contém derivados bovinos. “É incrível a quantidade de coisas que fazem, eu mesmo uso essa gelatina para fazer meus doces e desconhecia sua origem, e pensar que tudo isso vem do couro do boi”. Para Maria, é bom saber que tudo isso “é aproveitado para ajudar as pessoas, como no caso dos remédios, e na alimentação, pois precisamos comer”.

Na indústria farmacêutica, essa gelatina é utilizada em cápsulas duras ou moles, comprimidos, óleos, esponjas medicinais e outros. Além disso, ela produz a gelatina fotográfica, usada em filmes de artes gráficas, papéis fotográficos e filmes radiológicos. A gelatina hidrolisada é utilizada em cosméticos, dietéticos, bebidas, alimentos líquidos e em outros processos químicos, enquanto a gelatina industrial é usada na fabricação de adesivos, abrasivos, fósforos e outros.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), só em agosto de 2019 o Brasil exportou 37,2 mil toneladas de couros. Na comparação com o mês anterior houve alta de 21,4% no volume embarcado. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta foi de 8,3%.

O Brasil conta com posição de destaque no mercado coureiro: é o segundo maior exportador do mundo. Do total produzido, 70% é destinado ao mercado externo. Dos 30% destinados ao mercado interno, 20% é utilizado apenas na indústria do calçado.

Economia

Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP divulgado no 1º semestre de 2019, a tendência é que a demanda pela carne bovina, bem como pelos derivados, continue a registrar aumento na procura, depois de fechar 2018 registrando recorde nas exportações de carne bovina in natura.

“Mantemos a nossa expectativa de crescimento nos resultados da exportação para 2019, dada a possibilidade de concretização de várias negociações em andamento”, avalia o presidente da A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli. As exportações brasileiras de carne bovina aumentaram no acumulado de janeiro a junho de 2019, de acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Abiec.

O volume embarcado foi de 827.072 toneladas, crescimento de 25,5% em relação às 658.837 toneladas de igual período do ano passado. Quanto ao faturamento, o primeiro semestre encerrou com receita de US$ 3,120 bilhões, aumento de 16,2% ante os seis primeiros meses de 2018 (US$ 2,658 bilhões).

Mercado interno

E o setor pecuário nacional continuará a apostar no incremento nas vendas domésticas da proteína. O fundamento vem das perspectivas de retomada da economia nacional, que tende a elevar o poder de compra da população.
Projeções do Banco Central ainda indicam crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e, além disso, espera-se controle da inflação e taxa de juros em baixa, favorecendo investimentos. O setor também está de olho na maior safra nacional de grãos (que tende a reduzir os custos com a ração, importante insumo de confinamentos) e na possível diminuição na oferta de animais (em decorrência do maior abate de fêmeas) – estes últimos fatores, inclusive, podem melhorar as margens de produtores no correr de 2019.

Esse contexto tende a aumentar a renda da população e, consequentemente, estimular o consumo de carnes, especialmente bovina, e de seus derivados, como os produtos feitos com o couro do boi. “O Brasil é uma das principais potências nesta área – em 2018 embarcamos o recorde de 1,353 milhão de toneladas de carne in natura, registrando faturamento de US$ 5,6 bilhões –, e isso se deve ao fato do Brasil colocar no mercado um volume maior da carne, com valor agregado, pois é um produto de maior qualidade, contribuindo para outros setores da economia”, finaliza Marco Túlio.

Notícias
Diferença de preço na arroba do boi passa de R$ 6 em MT A diferença nos preços da arroba do boi em Mato Grosso pode chegar a R$ 6,29. No último boletim de acompanhamento da bovinocultura, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que o negócio mais "viável" tem sido fechado na região Noroeste, com valor mínimo cobrado de R$ 85,18 (máximo de R$ 86,77)
Boi gordo: mercado firme e pouco ofertado Valorizações seguem ocorrendo com frequência no mercado do boi gordo. Até mesmo as grandes indústrias, que costumam pressionar o mercado
MT: abate de fêmeas é 12,2% maior, deve haver redução de rebanho Segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA – MT) foi registrado no acumulado de janeiro a maio de 2013, ou seja, final da safra, o maior volume de abate de fêmeas para o período dos cinco primeiros meses de um ano
Chuvas atrapalharam as negociações no mercado de reposição As recentes chuvas no Brasil Central colaboram para a manutenção da qualidade das pastagens por mais tempo, porém, em algumas regiões de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
Pressão compradora nas praças vizinhas de São Paulo aumentou A pressão de compra dos frigoríficos de São Paulo colabora para preços mais altos nas praças vizinhas. Com a pequena oferta de animais terminados
Bovinocultura: Momento de oportunidades em MT De acordo com o Imea, vale a pena travar preço do boi gordo na Bolsa e garantir sucesso na atividade
Estimativa de bovinos confinados em Mato Grosso não deve se concretizar A super safra de milho, em Mato Grosso, que deve superar 17,37 milhões de toneladas, sozinha, não está sendo suficiente para concretizar as primeiras projeções em relação ao volume de bovinos que será levado ao confinamento neste ano
Campanha contra aftosa em Mato Grosso termina nesta sexta-feira Indea prevê que 12,5 milhões de cabeças recebam a imunização. Maioria das fazendas já concluiu a vacinação antes do dia 20 de maio.
Panorama do mercado de reposição em Mato Grosso Segundo levantamento realizado pela Scot Consultoria, os preços dos animais de reposição em Mato Grosso
Cinco dicas que dão resultado em confinamento "O confinamento é necessário para suprir a crescente demanda mundial de carne", defende Rodrigo Miguel, gerente de Negócios Pecuários da Produquímica
agência dream