Modelos climáticos indicam que o El Niño deve estar presente pelo menos até março. O fenômeno tem como característica o aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na porção equatorial e, tipicamente, causa secas prolongadas nas regiões Norte e Nordeste, além de chuvas volumosas e intensas no Sul.
Na primeira quinzena de janeiro, a precipitação acumulada ficou entre 30mm e 150mm na região Sul, com maior volume acumulado no leste de Santa Catarina.
No Sudeste, variou entre 50mm e 200mm, já Minas Gerais foi o estado com maior volume de chuvas.
No Centro-Oeste, o volume acumulado ficou entre 50mm e 300mm, com destaque para a região central do Mato Grosso, que registrou o maior volume.
Em Roraima, na região norte e central do estado, o volume de chuvas ficou entre 0mm e 30mm. Nos demais estados da região Norte, os volumes de chuva situaram-se entre 40mm e 300mm, sendo o maior volume concentrado próximo à divisa entre Amazonas e Acre.
O oeste da região Nordeste do país recebeu menos chuvas nesse início de mês, variando entre 10mm e 50mm, enquanto no leste da região o volume foi maior, entre 40mm e 150mm.
A irregularidade das chuvas e temperaturas elevadas na maior parte do país têm impactado no progresso da safra e qualidade dos grãos, causando cortes nas principais culturas produzidas no Brasil, como a soja e o milho.
Para fevereiro, as temperaturas devem continuar acima da normal climatológica, com exceção da região centro-sul do Rio Grande do Sul, que deve apresentar temperaturas mais amenas em função das chuvas.