Desde o início desta semana, as vendas de carne bovina no varejo e distribuições no atacado ficaram abaixo do esperado, gerando poucos pedidos de reposição nos estoques no comércio varejista, informa a Agrifatto.
Como resultado, os distribuidores suportaram um acúmulo de mercadorias sem previsão de descarregamento a um nível superior ao normal, acrescenta a consultoria.
“Desde segunda-feira (25/11), houve um aumento progressivo nas devoluções parciais de carne bovina, por problemas de qualidade, além de retornos totais por várias razões”, relata a Agrifatto.
Hoje, quinta-feira (28/11), continua a consultoria, as negociações continuam em um ritmo lento, resultando em um ambiente bastante tenso.
“Apesar do desempenho razoável nas vendas de quarta-feira (27/11), ainda há uma quantidade significativa de mercadorias disponíveis para comercialização”, destaca a Agrifatto, referindo-se aos altos estoques de carne bovina.
Nesse sentido, diz a consultoria, as próximas semanas prometem ser desafiadoras para o mercado de carne bovina.
Estabilidade nos preços da arroba
Nesta quinta-feira (28/11), o preço médio do boi gordo em São Paulo se manteve em R$ 355/@, de acordo com dados da Agrifatto, que se referem tanto ao animal sem padrão-exportação quanto para o “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade). Nas demais 16 regiões monitoradas pela consultoria, o valor da arroba permaneceu estável em R$320,90.
“Pelo segundo dia consecutivo, as 17 praças acompanhadas mantiveram suas cotações sem alterações”, ressalta a Agrifatto.
China tira o pé
No cenário internacional, as negociações brasileiras de carne bovina in natura com a China desaceleraram após várias semanas de alta nos preços da proteína, informa a Agrifatto.
Os preços oferecidos pelos importadores chineses registraram recuo de US$ 100 por tonelada para cortes de dianteiro em relação à semana anterior, diz a consultoria.
