A oferta limitada de animais terminados, insuficiente diante de uma crescente demanda interna e externa, impulsionou novamente os preços da arroba do boi gordo em algumas importantes praças brasileiras, informam os analistas da Agrifatto.
Na quarta-feira (9/4), 5 das17 regiões monitoradas pela consultoria registraram valorização nas cotações da arroba (SP, MS, MT, PR e TO). Nas outras praças do País, os preços permaneceram estáveis, acrescenta a Agrifatto.
Nesta quinta-feira (10/4), pela apuração da Agrifatto, as 17 praças acompanhadas mantiveram suas cotações da arroba inalteradas.
“Como já observado em dias anteriores, o volume negociado foi suficiente apenas para garantir o atendimento das escalas em cinco abates, na média nacional”, relatam os analistas da consultoria.
Pelos dados da Scot Consultoria, os preços do boi paulista “comum” e do “boi-China” (negociados na mesma praça) subiram mais R$ 1/@ nesta quinta-feira, para R$ 325/@ e R$ 328/@, no prazo, valores brutos.
“A oferta de machos está contida, enquanto o volume de fêmeas supera o de bois, o que contribui para sustentar os preços na categoria”, justifica a Scot, referindo-se ao ambiente de negócios no mercado de São Paulo.
Com isso, segundo a consultoria, os preços da vaca e novilha gordas se mantiveram estáveis nesta quinta-feira, em R$ 290/@ e R$ 305/@, respectivamente.
No mercado futuro, o clima de otimismo que vem marcando o mercado físico nos últimos dias segue impulsionando os negócios envolvendo os contratos de boi gordo, relata a Agrifatto.
Na quarta-feira (9/4), o contrato com vencimento em junho/25 se destacou ao fechar o pregão da B3 cotado a R$ 331,20, com valorização de 0,45% no comparativo diário.
Atacado/Varejo
Em São Paulo, na quarta-feira (10/4), as vendas de carne bovina nos pontos de consumo e a distribuição da proteína com ossos no atacado mantiveram o ritmo de crescimento iniciado no dia anterior, sendo consideradas satisfatórias, informa a Agrifatto.
O aumento dos pedidos de reposição no varejo confirma essa retomada, acrescenta. “Como consequência, já não há mercadorias acumuladas nos centros de distribuição aguardando descarga e as devoluções por questões de qualidade diminuíram de forma expressiva, assim como as ofertas de produtos disponíveis para entrega imediata”, observa a Agrifatto.
Nas negociações semanais com o atacado, continua a consultoria, o volume de carne com ossos disponibilizado pelos frigoríficos é ligeiramente inferior ao da semana anterior, reflexo da valorização da arroba, que resultou em leve redução dos abates e, consequentemente, da produção.
Diante desse cenário, houve um ajuste moderado nos preços de todos os produtos com ossos.
Além disso, diz a Agrifatto, a carne desossada, acompanhando essa tendência de valorização, também apresentou evolução positiva nas últimas três semanas, tanto em volume quanto em preços.
Segundo a Agrifatto, as atividades comerciais iniciadas na quarta-feira prosseguiram nesta quinta-feira (10/4), com a expectativa de que toda a mercadoria disponível seja comercializada, impulsionadas pelas limitações previstas na distribuição durante o sábado de Aleluia, domingo de Páscoa e o feriado da segunda-feira seguinte.
“Esse cenário permite antever vendas consistentes para o atacado”, dizem os analistas, referindo-se ao curto prazo.