Um caso de raiva bovina foi diagnosticado em um assentamento na região de Sorriso, a 420 km de Cuiabá. De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), todas as propriedades, num raio de 12 quilômetros, terão que vacinar os animais.
Ainda segundo o Indea, a doença foi identificada por um veterinário autônomo que foi chamado para atender uma vaca que estava prenhe. Entretanto, o profissional percebeu que o animal apresentava sinais da doença.
Ele então, orientou que a vaca fosse sacrificada e coletou amostras para exames. O resultado foi positivo para raiva. O veterinário comunicou o Indea, que fez a notificação de todas as propriedades ao redor.
“Cerca de 200 fazendas foram notificadas e terão que vacinar todos os animais, bovinos, equinos, ovinos, cachorros, gatos, para que não haja risco de contaminação”, disse a veterinária do Indea, Danielle Macedo.
Os pecuaristas têm um prazo de 15 dias, a contar da notificação para fazer a vacinação. No caso dos bovinos, uma segunda dose deve ser aplicar 30 dias depois da primeira.
Segundo Daniela, o fato não acarreta prejuízos ao mercado da carne. Porém, existe risco de transmissão da doença para o homem. Dessa forma, é preciso fazer a vacinação com urgência para eliminar os focos.
Raiva bovina
Transmitido pela picada de morcegos hematófagos, que são portadores, reservatórios e transmissores do vírus, por meio da saliva infectada que, pela mordedura ou lambida em alguma ferida aparente do animal, transmite a raiva. O vírus não tem tratamento. Por isso, a alternativa é a vacinação.
Após a contaminação, o animal tem até três meses de vida, período em que se desenvolvem sintomas como isolamento, agressividade, salivação e dificuldade ao andar. O ser humano também pode ser infectado.